Responsabilidade Social

Ações de responsabilidade socioambiental praticadas pelas empresas. PALAVRAS-CHAVE: Responsabilidade Social - Desenvolvimento Sustentável - Eco-eficiência - Meio ambiente - Sustentabilidade - Empresa responsável - Tripé da Sustentabilidade - Governança Corporativa - Terceiro Setor - Logística Reversa - Marketing Verde - Comunicação para a sustentabilidade - Marketing Social - Marketing Ambiental - Eventos Carbon-free

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Reciclável não é Reciclado!

Reciclagem, reciclável, reaproveitamento, reutilização...

Estes termos têm sido utilizados pelas empresas como oportunidade de demonstrar uma ação ambientalmente responsável quando da oferta de seus produtos. Entretanto, pouco se explica quando os utiliza.

'Reciclagem' somente deve ser utilizado para os materiais que permitem, após a cadeia reversa de distribuição, voltar ao estado original e se transformar novamente em matéria-prima de produto com as mesmas características. É o caso das latas de alumínio. Já o reuso, permite o uso do mesmo produto por outras pessoas, ou outros sistemas: exemplo reuso de água da máquina de lavar, para limpeza das calçadas, em uma residência.

O reaproveitamento ou reutilização deve ser aplicado aos produtos considerados resíduos por determinados segmentos, mas que passam a servir de matéria-prima em um segundo segmento, após desmanche ou novo beneficiamento. É o caso de revistas velhas, que viram lindas cêstas, ou mesmo pneus, que viram calçadas.

Mas o mais grave mesmo, é a confusão que fica na mente do consumidor que pensa que um produto com um símbolo de reciclável, na embalagem, impacta menos à natureza. Reciclável não é reciclado.... Só seria reciclado, se voltasse pela logística reversa à indústria, que se encarregaria de novamente transformá-la em nova embalagem.
Está circulando nas principais revistas do Brasil um anúncio sobre as embalagens longa vida. Trata-se de campanha muito bem elaborada que mostra a possibilidade de reciclagem das embalagens Tetra Pak, e chega a mencionar possibilidades de reuso das mesmas.
Veja o conteúdo:

O leitor apressado pode, entretanto, entender de forma errônea à mensagem. Não se transforma positivamente o mundo pela compra de embalagens descartáveis. É necessário deixar claro, ao consumidor, que o fato de comprar a embalagem não reduz em nada o impacto. Ao contrário, gera um descarte ao meio ambiente, que pode levar centena de ano para se decompor, visto que possui alumínio em sua composição. Também seria inimaginável que o consumidor,sozinho, pudesse achar um canal reverso para entrega destas embalagens vazias.

Porque não o Retornável?

A sugestão é que estas indústrias ofereçam vantagens aos consumidores que já possuem uma consciência ambiental, assumindo a logística reversa de suas embalagens (como exemplo pelo estabelecimento de convênio com as redes de supermercados ou cooperativas para receberem as caixas longa vida vazias), ou mesmo por investir em estudos de embalagens não-descartáveis, mas retornáveis, como algumas marcas de refrigerantes já se propõem a oferecer.

Sugerimos às indústrias de sucos, leites, extratos e outras que reestudem novas possibilidades para embalar os produtos, de modo a oferecer menor impacto ambiental. Vendas a granel, vidros que possam ser reutilizados como copos, acondicionadores de alimentos... talvez sejam bons exemplos.

Os consumidores que ampliam conhecimento preferem cada vez mais os produtos orgânicos pelo menor impacto que causam ao meio ambiente, desde sua forma da produção, extração, manufaturamento, distribuição e baixo impacto em relação à embalagens.

Continua valendo a necessidade de aderir aos 3 Rs: Reduzir o uso; reusar e reciclar (nesta ordem), tudo o que prejudica a qualidade de vida das presentes e futuras gerações.

Por Joana Bicalho

* imagem fonte http://www.tetrapak.com/br/meio_ambiente/pages/default.aspx. Disponível em 05out/09.

Palavras-Chave: Reciclagem - Longa Vida - Embalagem