Responsabilidade Social

Ações de responsabilidade socioambiental praticadas pelas empresas. PALAVRAS-CHAVE: Responsabilidade Social - Desenvolvimento Sustentável - Eco-eficiência - Meio ambiente - Sustentabilidade - Empresa responsável - Tripé da Sustentabilidade - Governança Corporativa - Terceiro Setor - Logística Reversa - Marketing Verde - Comunicação para a sustentabilidade - Marketing Social - Marketing Ambiental - Eventos Carbon-free

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Dê preferência de compras a produtos ambientalmente corretos




A cada mês percebe-se um crescimento no número de produtos que se posicionam como eco-eficientes, orgânicos, que possuem destinação correta das embalagens para reuso ou reciclagem, ou mesmo posicionam-se como empresas que praticam os princípios de gestão ambiental. Quando damos preferência de compra à empresas que demonstram adesão à "roda vida da sustentabilidade", estimulamos que estas permaneçam neste caminho, bem como pressionamos os concorrentes a inovarem em termos ambientais e estudarem melhores possibilidades em tecnologia e processos de menor impacto ao meio ambiente.

A marca BOM BRIL vem comunicando, na mídia de massa, o aspecto 'ECO' do produto lã-de-aço. Instiga os consumidores a refletirem sobre os aspectos ambientais do produto (palhinha) de aço comparando-o com outros de objetivos similares (esponjas de espuma, por exemplo). Informa que a lã de aço - em decorrência da reação entre o ferro, a umidade e o oxigênio do ar - enferruja e decompõe rapidamente quando descartada. Já a esponja advinda do plástico (espuma sintética.. aquela.. amarelinha e verde), possui tempo indeterminado de decomposição.



Se esta esponja sintética tivesse maior durabilidade, talvez pudesse levar a crer que este aspecto compensaria o excesso de unidades da primeira. Mas estudos recentes comprovam que esta esponja acumula muita bactéria, tornando necessário seu descarte a cada semana. Conclusão: A consciência do consumidor, somada à sua prioridade de consumo, levará o 'segmento esponja de espuma sintética' a alcançar melhor performance em tecnologia e logística reversa para se manter no mercado. Ao mesmo tempo em que provoca a marca BOM BRIL a oferecer mais uma opção de produto não abrasivo para louças pouco sujas.

E fica aqui uma sugestão para a marca BOM BRIL: invista no merchandising em Ponto-de-venda: utilize banners, wobblers, faixas de prateleira ou similares para destacar a informação, de forma a educar o consumidor para os aspectos ambientais do produto.

Vale sempre lembrar que, no composto de marketing, têm-se por princípio a boa relação entre os 4Ps. Assim, não se pode comunicar, no P de Promoção, o que não se tem no P de Produto. Sugiro, assim, trazer para os Ps de marketing mais um P: de Planeta saudável.

Palavras-chave: Marketing Verde - Bom Bril ECO - Responsabilidade ambiental - Joana Bicalho


segunda-feira, 19 de julho de 2010

Criatividade, inovação e sustentabilidade

O site hypescience.com divulgou uma lista de idéias sustentáveis e curiosas. Vale a pena ver que a criatividade e a inovação oferecem importantes oportunidades para o desenvolvimento sustentável.

HOTEL OFERECE REFEIÇÕES DE GRAÇA PARA QUEM ESTIVER DISPOSTO A GERAR ELETRICIDADE

O Crown Plaza Hotel, em Copenhague, Dinamarca , oferece uma chance para quem quer fazer uma boa refeição sem deixar de cuidar do planeta. O hotel disponibiliza bicicletas ligadas a um gerador de eletricidade para os hóspedes voluntários. Cada um deles deve produzir pelo menos 10 Watts/hora de eletricidade – aproximadamente 15 minutos de pedalada para um adulto saudável. Após o exercício, o hóspede recebe um generoso vale-refeição: 26 euros, aproximadamente 60 reais.

BAR CAPTA ENERGIA PRODUZIDA PELA DANÇA DE SEUS FREQUENTADORES

Todas as luzes e os sons de uma “balada” gastam uma quantia considerável de eletricidade. Pensando nisso, o dono do Bar Surya, em Londres, refez o chão da pista de dança de seu estabelecimento e o revestiu com placas que, ao serem pressionadas pelos frequentadores do lugar, produzem corrente elétrica. Essa energia é então usada para ajudar na carga elétrica necessária à casa. Andrew Charalambous, o visionário dono do bar, diz que a eletricidade produzida pela pista modificada representa 60% da necessidade energética do lugar.

BORDEL OFERECE DESCONTO AOS CLIENTES QUE FOREM DE BICICLETA

Uma casa de diversão adulta encontrou uma maneira de atrair mais frequentadores, espantando a crise econômica, e ainda ajudar a frear as mudanças climáticas globais. Quem chega de bicicleta, ganha desconto. Segundo Thomas Goetz, dono do bordel “Maison D’envie”, a recessão atingiu em cheio os negócios. Consumidores que foram ao bordel pedalando, ou que provarem ter utilizado um meio de transporte público, recebem 5 euros de desconto sobre os tabelados 70 euros (mais de 150 reais) para 45 minutos.

UNIVERSIDADE CONSTROI “TELHADO VERDE”
O Design Verde é uma tendência da arquitetura moderna, e não estamos falando apenas da cor, mas sim de locais como o prédio de cinco andares da Escola de Arte, Design e Comunicação da Universidade Tecnológica de Nanyang, em Cingapura. A construção conta com uma cobertura vegetal e sua forma orgânica se mistura com a natureza onde está inserida. Os telhados revestidos de grama servem como ponto de encontro informal, além de ajudar no equilíbrio térmico do edifício e na absorção da água da chuva.

DESIGNER CRIA PIA QUE UTILIZA ÁGUA DESPERDIÇADA PARA REGAR PLANTA

Feita de concreto polido, a Pia batizada de Jardim Zen possui um canal que aproveita a água utilizada na lavagem das mãos para molhar uma planta. Criado pelo jovem designer Jean-Michel Montreal Gauvreau, a pia vem em bacia dupla ou modelo simples. Se você está preocupado eu ensaboar toda a sua plantinha, relaxe. Uma peça no início do canal drena o liquido e só deixa água sem sabão escorrer até a planta.

DESIGNER CRIA INTERRUPTOR QUE MUDA DE COR PARA ENSINAR CRIANÇAS A ECONOMIZAR ENERGIA

Tio é o nome do interruptor em forma de fantasma que avisa, através de sutis luzes, há quanto tempo a lâmpada está acesa. Até uma hora, a expressão do fantasminha é feliz e a luz do interruptor permanece verde. Se a luz é deixada ligada por mais de quatro horas, ele se assusta e fica amarelo. Já se o morador da casa se atreve a deixar a luz acesa por mais de oito horas, o até então amigável fantasma se zanga e fica vermelho. Com o auxílio visual e tátil, espera-se que as crianças comecem a tomar consciência do desperdício de energia logo cedo, e de uma maneira divertida.

EMPRESA CRIA GRAMPEADOR SEM GRAMPOS PARA EVITAR POLUIÇÃO

Grampos de grampeador são tão poluentes que uma empresa decidiu criar um novo modelo do produto, sem grampos! Em vez dos grampos a que todos estamos acostumados, ele “recorta pequenas tiras de papel e as usa para costurar até cinco folhas de papel juntas”. Se você se empolgou com a ideia, pode encomendar esses grampeadores personalizados para que sua empresa se vanglorie de contribuir para um mundo livre grampeadores com grampos.

Palavras-chave: Gestão ambiental - Sustentabilidade - Marketing Verde - Joana Bicalho

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Neste natal, dê um mundo melhor para sua família: CONSUMA MENOS

Copenhague fracassou. Adia-se mais uma vez a decisão por ações efetivas que preservem o Planeta. Estaremos assistindo o sofrimento da vida na Terra e o aumento dos desastres ecológicos, da fome e de mortes com a acelerada mudança climática já em curso. A reunião de lideranças de 190 países para tratar dos caminhos mitigadores da destruição da Terra não alcançou consensos – o que já era de se esperar – nem acordos considerados mínimos pelos próprios líderes de governo e ambientalistas. Destacou o Greenpeace ao final do encontro: "Permitir que a temperatura suba até 3 graus é condenar a humanidade a sofrer ainda mais com fome, epidemias, perda de lares e safras, e até de vidas. Este é o futuro que estão nos deixando os políticos em Copenhague".



Este cenário de protelação de decisões importantes faz lembrar que grandes mudanças começam por determinações individuais. Acreditar no consensos geralmente é ilusão. Exemplifica-se: a mudança de valores e conduta de uma empresa só acontece, de fato, quando o seu presidente decide e declara incluir novos princípios norteadores. Uma pessoa pára de fumar quando individualmente opta por esta decisão.

Há um caminho natural que envolve as motivações: num primeiro momento, há a mudança de opinião; num segundo, a mudança de hábito para, só depois, se alcançar a mudança de comportamento. A falta de sucesso de COP-15 mostra-nos, também, que a sociedade ainda não alcançou a mudança de opinião sobre a necessidade de novos hábitos e comportamentos em benefício da vida humana no Planeta. A população está estática, mobilizada frente à inércia de governo e empresas. Estes sabem que a pressão por mudanças, vinda de cidadãos e consumidores ainda não demonstra força.

O super aquecimento global vem da pressão que o atual modelo de produção e consumo exerce sobre a natureza. Não há capacidade de se repor os recursos naturais na velocidade em que são consumidos. Segundo os estudos relacionados à Pegada Ecológica, o planeta precisaria de um ano e três meses para gerar os recursos usados pela humanidade num único ano. E mais: o mundo produz diariamente, dez montanhas, do tamanho do Pão-de-açucar no Rio de Janeiro, de lixo domiciliar. Ressalta-se: diariamente. Assim, a exploração dos recursos naturais numa velocidade maior que a capacidade de renovação dos ecossistemas, bem como o lançamento aleatório dos resíduos de produção no espaço que pareça mais cômodo adoece o Planeta.

Os efeitos negativos da ação do ser humano sobre o meio ambiente são graves e exigem não apenas reparo dos danos, mas mudança de hábitos e atitudes.

É certo que há relevante influência das empresas e da publicidade sobre os indivíduos. Por meio de centenas de mensagens diárias transmitidas pela comunicação de massa, produzidas sempre com muita criatividade e experiência, numa linguagem direta ou subliminar, formou-se a cultura de que a felicidade está no acúmulo de bens adquiridos. A curiosidade e o desconhecimento motivam um comportamento generalizado de consumo inconsciente. O modelo fast life não nos dá tempo de análises, e nos leva a crer, erroneamente, que o objeto de desejo a ser consumido é signo de felicidade.

Podemos mostrar às verdadeiras lideranças do COP-15 que optamos por um mundo de mais saúde. Podemos trazer para nossas vidas o estilo slow life: Movimento internacional que prioriza o ser, ao ter; que valoriza o tempo livre para as relações afetivas e cuidados com o bem-estar; uma vida mais lenta, calma, confortável; que considera ser saudável ter limite no acúmulo de bens e que este, quando ultrapassado, escraviza e compromete fortemente a qualidade de vida; que prefere livros e bibliotecas à ante-sala de consultórios médicos; que nas ‘sobras de tempo’ prefere a natureza, aos shoppings; que já entende que felicidade se contrapõe à velocidade; que valoriza saborear o fato de estar vivo, e cultiva boas relações e que estas independem das questões econômicas mas sim das trocas afetivas. Devemos mostrar, sobretudo, que de forma inteligente, optamos individualmente pela mudança de comportamento, exigindo das empresas e governo maior respeito à vida, e às gerações futuras.

Ainda é tempo de opção: um bom e humano natal para todos nós!



Por Joana d’Arc Bicalho Félix


Mestre e doutoranda com ênfase de estudos emmarketing ambiental e comportamento do ‘novo’ consumidor





Palavras-chave: Consumo consciente - copenhague - natal


Foto: divulgação




sábado, 28 de novembro de 2009

Gestão da Comunicação e Responsabilidade Socioambiental



Decidimos escrever o primeiro livro que trata deste tema - inclusive doando todos os direitos autorais para um instituto que lida com responsabilidade em relação ao estímulo do consumo infantil - visto que acreditamos na força que tem a comunicação e o marketing para modificar o atual cenário socioambiental do mundo.


Decidimos, também, buscar autores renomados de todo o Brasil - consultores e professores de reconhecidas universidades - visto que a informação dialogada e em grupo alcança sempre melhores e mais amplos resultados.

As empresas viveram momentos em que concorrência baseada no preço destacava marcas e produtos. Mas nos dias atuais, pelo excesso de uso, pouco se tem alcançado em termos de posicionamento de marca no uso desta ferramenta. Só para ilustrar: você saberia responder qual a melhor operadora de telefonia de celular no quesito preço? São tantos os apelos que se dilui a lembrança de marca na mente do consumidor.

Num outro momento, buscou-se customizar e tratar de forma personalizada cada cliente. Marketing direto incluindo o SAC, o telemarketing, o CRM e a venda pessoal foram e ainda são importantes formas que visam agradar e fidelizar clientes. Mas, mesmo assim, é difícil lembrarmos de marcas que nos "ganharam" pela customização, a ponto de nos fidelizar.

O fato é que com a globalização, estas estratégias são apresentadas simultaneamente por muitas marcas, e o consumidor já entende que qualidade do produto, preço correspondente e facilidade de acesso são premissas básicas, representando pontos negativos para quem não os oferece, mas não necessariamente pontos positivos para quem as destaca.

Por outro lado, nos tempos atuais conversamos mais seriamente, e globalmente, sobre o impacto social e global causado pelo consumo, estimulado pelas empresas, no já questionado formato de crescimento econômico que, até pouco tempo atrás, se julgava desenvolvimento.
Hoje as pessoas, principalmente os pais ou mães com filhos, trazem na mente a forte preocupação com a qualidade de vida num futuro próximo, em decorrência da finitude dos recursos naturais. Já pensam que não necessariamente precisam deixar apartamentos mobiliados para os filhos - afinal podem buscar sua auto-sustentabilidade - mas que possuem a obrigação de deixar, como herança, o ar, o clima, as cachoeiras, a natureza, a possibilidade de vida de qualidade...

Esta ampliação da consciência mostra que um novo caminho tem sido - e ainda será muito - cobrado às empresas. Obviamente a organização deve continuar investindo na boa relação entre os 4Ps de marketing (ponto, produto, preço e promoção). Entretanto, pesquisas demonstram que há uma comunidade - ou segmento de público - em crescimento (slow life) valorizando a ética e a transparência nas decisões da empresa; querendo que ela pratique a troca justa com todos os atores envolvidos nos quais incluem-se os funcionários e fornecedores; respeito ao meio ambiente; gestão que leva em conta a boa relação entre o social, o ambiental e o econômico; governança e boas práticas com os consumidores, acionistas e comunidade.

Algumas empresas pensavam que comunicar apenas um aspecto socioambiental da organização já seria suficiente para agregar valor de imagem. Mas aos poucos percebem que se diferenciar exige mais: exige incluir valores e princípios norteadores na cultura organizacional e utilizar a força de comunicação da empresa para formar "novos" consumidores. Estas empresas, com visão sistêmica, conseguem ir além dos 4Ps, incluindo mais um, o de investimentos para um Planeta sustentável.

Aquelas empresas que demonstram investir neste quinto P por meio do respeito e responsabilidade na realização de seu negócio, diferenciam-se dos concorrentes. Novamente, só para exemplificar: você se lembra qual é a marca de cosméticos do Brasil que demonstra boas práticas em relação ao meio ambiente? E que em sua comunicação, forma e informa o novo consumidor ? (Use refil: é bom para você. É bom para o Planeta).

Acredito fortemente que (indo ao encontro da ampliação do conhecimento dos consumidores) as empresas que demonstrarem "práticas do bem" terão suas marcas destacadas, mais aceitas, bem posicionadas e com preferência de escolha. EXEMPLO 1, EXEMPLO2, EXEMPLO3, EXEMPLO 4.

Se a propaganda tem o poder de 'despertar o desejo'.. tem muito a contribuir com o Planeta, despertando desejos para produtos e marcas com processos ecoeficientes e práticas justas e socialmente corretas. Os consumidores que exercem o consumo consciente têm se posicionado com mais ampla cultura e status e, exatamente por isto, precisam encontrar produtos e marcas que os ofereçam este discurso.

Abaixo link para o ping-pong realizado com alguns dos autores do livro

Joana Bicalho

Gilson Borda

Geraldo Sardinha

Cláudio Andrade


Palavras-chave: 'livro gestão da comunicação e responsabilidade socioambiental' - 'Joana Bicalho' 'Gilson Borda' - 'slow-life' - 'consumo consciente'.

domingo, 8 de novembro de 2009

Plástico biodegradável: entenda melhor




Há muita confusão quando se fala em Plástico Biodegradável. Muitos são os estudos em andamento, que procuram compreender alternativas de embalagens que, de fato, venham a causar menor impacto ao meio ambiente.


Não adianta, apenas "dissolver o plástico", mas manter os polímeros no solo com longo prazo de decomposição. Deste modo, o impacto ambiental seria praticamente o mesmo.

É necessário de fato minimizar o uso de matéria-prima virgem, bem como alcançar a eco-eficiência. Alguns estudos já caminham para o uso de compostagem na produção da embalagem. Leia aqui a notícia postada, hoje, neste blog.

Há também, estudos importantes para a redução ou não uso do isopor, considerado altamente poluente. A fécula de mandioca, por exemplo, é matéria-prima natural e de baixo impacto, representando boa alternativa ao isopor, utilizado nas bandejas para embalar alimentos. Alguns produtos orgânicos, vendidos no Pão-de-açucar já utilizam a bandeja de fécula de mandioca.




As caixas de papelão, bem como os sacos de papel já são solicitados aos gerentes dos supermercados, pelos consumidores.



E as embalagens de vidro, de longa duração, voltam naturalmente para o comércio, principalmente com as marcas de mais longa visão e renome.

Há também aquelas marcas que sabem que o consumidor não quer mais jogar embalagens no lixo comum. Assim, oferecem a alternativa de recolhê-las, prestando um serviço social e ambiental ao planeta (e ao consumidor).


Alternativas existem. Ainda bem! É hora, então, de melhorar em escala. Lembrando que a ordem é: Reduzir o uso, Reusar, e (por último) Reciclar.


* Todas as fotos Divulgação. Vide referências

Palavras-chave: Logística Reversa - Biodegradável - Eco-eficiência


quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Celular com bateria solar


'Uma hora de exposição ao sol rende até 10 minutos de uso'. É o que promete a Samsung. Todas as funções do aparelho Blue Earth ecológico são full touch screen, e a recarga da energia solar é feita em um painel instalado em sua parte de trás. Também possui material reciclado que reduz a emissão de carbono na atmosfera. Leia mais


Celular - eco-eficiência - meio ambiente

Fraldas não descartáveis. Menor impacto ambiental


50 milhões de fraldas descartáveis são lançadas em lixões de todo o mundo, por dia. E ficarão até 500 anos agredindo ao meio ambiente. A gDiapers, fabricante defende o uso de plástico biodegradável e os gRefills em que promete "manter os bebes secos e felizes". As fraldas descartáveis feitas de polietileno (advindo do petróleo) passa ainda por processos de altíssimo impacto na linha de produção: uma camada exterior de polietileno à prova de água, uma camada interna de pasta de papel, um poliacrilato sintético, uma zona repelente de água, fragrâncias e perfumes. No Brasil, há fabricantes artesanais, ou de pequenas e médias empresas ofertando fraldas similares www.ecobebes.com ou www.naturkinda.com/loja


Palavras-chave: Eco-eficiência - Meio ambiente - Sustentabilidade

Carro de bambú


Aparentemente parece estranho, como tudo aquilo com que os olhos ainda não se acostumaram, mas alunos da Universidade de Kyoto inventaram, em junho deste ano, um carro elétrico feito de bambu. Vale a pena conferir. Na mesma linha está o veículo feito pelo professor Khosrow Ghavami, do Departamento de Engenharia Civil da PUC-Rio. Leia mais

Palavras-chave: Eco-eficiência - sustentabilidade - meio ambiente


segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Carros menos poluentes

NISSAN - INFINITI M35


O CONAMA já estabeleceu os limites de poluição às montadoras brasileiras: Os carros de passeio com menos de 1.700kg deverão ter, em 2014, emissão de poluição reduzida em 30%. O Brasil. entretanto, já produz carros que poluem menos, dentro dos limites aprovados pelo Conama, mas esses veículos, são só para exportação (que pena!), como afirma Ricardo Ribeito. Em junho de 2009 a Toyota do Brasil(fabricante japonêsa) anunciou a comercialização, ainda em 2009, dos carros híbridos “plug-in”, que são ainda menos poluentes que o híbrido Prius (vide ranking abaixo). Irão 150 unidades ao mercado norte-americano; 150 para a Europa e 200 ficam no Brasil, alugados para programas governamentais, confira


VOLVO PLUG-IN HÍBRIDO



O salão do automóvel, que acontece em Tokyo, representa importante cenário para o enfrentamento das questões ambientais relacionadas ao setor. Inclusão de pesquisas científicas e melhores ofertas de veículos de menor impacto ambiental devem fazer parte da agência diária das montadoras.

Lembrando que em Paris, desde janeiro de 2008, graças à incentivo fiscal compradores de veículos poluentes, em especial picapes 4x4 - passaram a ser punidos com o aumento significativo de impostos. Como afirma Andrei Netto "consumidores que escolherem carros leves, de menor potência, que emitam menos de 130 gramas de CO2 por quilômetro rodado, são recompensados por descontos que podem chegar a 5 mil". Em 2007, um estudo da Associação de Transporte Ambiental (ATA), da Inglaterra, já divulgava o ranking dos menos e dos mais poluentes carros:

1 - Honda - Civic Hybrid

2 - Vauxhall (Opel) - Corsa 1.3CTDi

3 - Toyota - Yaris 1.4 D-4D Manual

4 - Renault - Modus 1.2 16V VVT

5 - Daihatsu - Sirion M300

6 - Citroen - C1 1.1

7 - Toyota - Aygo 1.0 Manual

8 - Peugeot - 107 Manual

9 - Daihatsu - Charade Manual

10 - Fiat - Panda 1.3

Confira os dez carros mais poluentes

1 - Lamborghini - Diablo Roadster

2 - Lamborghini - Murcielago Roadster

3 - Ferrari - Supermerica

4 - Ferrari - Scagliatti

5 - Bentley - Azure

6 - Bentley - Arnage RL

7 - Aston Martin - Vanquish

8 - Aston Martin - DB9 Manual

9 - Bentley - Continental Flying Spur

10 - Ferrari - Spider"

Percebe-se que as empresas que não fazem parte do ranking buscam demonstrar que caminham para maior eco-eficiência de seus produtos.



Parece, ainda, que os consumidores estão mais exigentes e analisam a postura socioambiental das organizações. Alguns, também, iniciam a opção por transporte coletivo de passageiros, bicicletas ou veículos de menor porte, e menor impacto ambiental.

Palavras-chave: Eco-eficiência - Sustentabilidade - Meio ambiente - Carros ecológicos

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Reciclável não é Reciclado!

Reciclagem, reciclável, reaproveitamento, reutilização...

Estes termos têm sido utilizados pelas empresas como oportunidade de demonstrar uma ação ambientalmente responsável quando da oferta de seus produtos. Entretanto, pouco se explica quando os utiliza.

'Reciclagem' somente deve ser utilizado para os materiais que permitem, após a cadeia reversa de distribuição, voltar ao estado original e se transformar novamente em matéria-prima de produto com as mesmas características. É o caso das latas de alumínio. Já o reuso, permite o uso do mesmo produto por outras pessoas, ou outros sistemas: exemplo reuso de água da máquina de lavar, para limpeza das calçadas, em uma residência.

O reaproveitamento ou reutilização deve ser aplicado aos produtos considerados resíduos por determinados segmentos, mas que passam a servir de matéria-prima em um segundo segmento, após desmanche ou novo beneficiamento. É o caso de revistas velhas, que viram lindas cêstas, ou mesmo pneus, que viram calçadas.

Mas o mais grave mesmo, é a confusão que fica na mente do consumidor que pensa que um produto com um símbolo de reciclável, na embalagem, impacta menos à natureza. Reciclável não é reciclado.... Só seria reciclado, se voltasse pela logística reversa à indústria, que se encarregaria de novamente transformá-la em nova embalagem.
Está circulando nas principais revistas do Brasil um anúncio sobre as embalagens longa vida. Trata-se de campanha muito bem elaborada que mostra a possibilidade de reciclagem das embalagens Tetra Pak, e chega a mencionar possibilidades de reuso das mesmas.
Veja o conteúdo:

O leitor apressado pode, entretanto, entender de forma errônea à mensagem. Não se transforma positivamente o mundo pela compra de embalagens descartáveis. É necessário deixar claro, ao consumidor, que o fato de comprar a embalagem não reduz em nada o impacto. Ao contrário, gera um descarte ao meio ambiente, que pode levar centena de ano para se decompor, visto que possui alumínio em sua composição. Também seria inimaginável que o consumidor,sozinho, pudesse achar um canal reverso para entrega destas embalagens vazias.

Porque não o Retornável?

A sugestão é que estas indústrias ofereçam vantagens aos consumidores que já possuem uma consciência ambiental, assumindo a logística reversa de suas embalagens (como exemplo pelo estabelecimento de convênio com as redes de supermercados ou cooperativas para receberem as caixas longa vida vazias), ou mesmo por investir em estudos de embalagens não-descartáveis, mas retornáveis, como algumas marcas de refrigerantes já se propõem a oferecer.

Sugerimos às indústrias de sucos, leites, extratos e outras que reestudem novas possibilidades para embalar os produtos, de modo a oferecer menor impacto ambiental. Vendas a granel, vidros que possam ser reutilizados como copos, acondicionadores de alimentos... talvez sejam bons exemplos.

Os consumidores que ampliam conhecimento preferem cada vez mais os produtos orgânicos pelo menor impacto que causam ao meio ambiente, desde sua forma da produção, extração, manufaturamento, distribuição e baixo impacto em relação à embalagens.

Continua valendo a necessidade de aderir aos 3 Rs: Reduzir o uso; reusar e reciclar (nesta ordem), tudo o que prejudica a qualidade de vida das presentes e futuras gerações.

Por Joana Bicalho

* imagem fonte http://www.tetrapak.com/br/meio_ambiente/pages/default.aspx. Disponível em 05out/09.

Palavras-Chave: Reciclagem - Longa Vida - Embalagem

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

As marcas começam a atender aos consumidores


A gestão socioambiental do supermercado Pão-de-Açucar tem contribuído para posicionar a marca a um novo segmento, principalmente em decorrências das lojas eco-eficientes. A rede Walt-Mart investe em apoio a programas e projetos que referenciem sua marca à ações sociombientais, como é o caso da campanha nacional “Saco é um Saco”, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente.


O hipermercado Extra oferece, no mesmo caminho, a marca própria Taeq (Tao - equilíbrio / eq - energia vital) que busca alcançar e formar um novo consumidor de produtos "do bem".


São produtos naturais ou orgânicos, balanceados, lights e de menor impacto ambiental.


E para atrair o consumidor que amplia a cada dia o conhecimento em relação aos impactos ao meio ambiente e à saúde, advindos do atual modelo de consumo, a rede trabalha o merchandising no ponto-de-venda destacando, em suas gôndolas, a qualidade de vida e a promoção da saúde individual e global.



Para aqueles que acham ser inviável o preço perante aos produtos não-orgânicos, vale lembrar que a concorrência e a formação do novo consumidor pressionará, cada vez mais, a redução dos preços e o aumento da oferta e da qualidade. Deve-se destacar, também, que o percentual de desperdício atribuído ao atual modelo de consumo, gira em torno de 40%. Assim, reduzindo a quantidade no consumo, melhora-se a qualidade sem onerar custos.
Chegou a vez do consumidor fazer sua parte, dando preferência aos "produtos do bem".
Palavras-chave: Comunicação para a Sustentabilidade - Saco Plástico - meio ambiente - embalagem

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Campanha para uso de sacos plásticos - assunto polêmico

Está no ar um comercial para incentivar o uso e o descarte 'adequados' de sacolas plásticas. Promovido pela indústria de plástico, sugere à comunidade que use sacos plásticos, e que prolongue a vida dos mesmos em 'locais seguros'. Vejam neste link: http://www.portaldapropaganda.com/comunicacao/2009/09/0006Para ilustrar 'locais seguros' mostram, no comercial, que um pai e seu filho fizeram uma bola de brincar com várias sacolas plásticas....
Trata-se de tema bastante polêmico, visto que autoridades, ambientalistas e educadores orientam para a redução significativa no uso, para se repensar em novas alternativas de embalagens, bem como para soluções biodegradáveis.
Por curiosidade, digitei então no google 'campanha para não usar o saco plastico' e sabe quantos links apareceram? 4.310.000 links.


Recentemente a Revista Vida Simples (jun/09) publicou informações sobre o impacto negativo do saco plástico no meio ambiente. O Instituto Akatu também enfatiza sempre as questões relacionadas à redução do consumo. Em resumo: o mundo produz sacolas plásticas desde a década de 1950. Como não se degradam facilmente na natureza, e como não há tratamento adequado de lixo no país, grande parte delas ainda vai continuar por mais 300 anos em algum lugar do planeta. Calcula-se que até 1 trilhão de sacolas plásticas são produzidas anualmente em todo o mundo. O Brasil produz mais de 12 bilhões todos os anos e 80% delas são utilizadas uma única vez. Elas entopem esgotos e bueiros causando enchentes, poluem e assoreiam rios e são encontradas até em estômago de animais marinhos como tartarugas, baleias, focas e golfinhos... e também matam os pequenos animais, como as aves, por sufocamento.


O impacto causado na linha de produção da sacola plástica é enorme... e a reciclagem é inviável, por ser muito cara. Várias redes de supermercados do Brasil e do mundo já estão sugerindo o uso de caixas de papelão, e colocando à venda, sacolas de pano ou sacolas de plástico duráveis para transportar as mercadorias.

Penso, então, que o melhor caminho às marcas é avançar em tecnologia e ofertas de produtos duráveis, retornáveis, se diferenciando da concorrência pela Responsabilidade Socioambiental.....
Se a indústria não sabe o que fazer com tantos sacos plásticos (recolhimento em logística reversa, reuso, reciclagem...), como os consumidores poderão saber? Por mais criativo que pudéssemos ser quanto à destinação e reuso das sacolas plásticas, como propõe o comercial, não teríamos espaço para tantas unidades produzidas diariamente.
Gosto muito da Carta da Terra quando diz que todos devemos "Reconhecer que a liberdade de ação de cada geração é condicionada pelas necessidades das gerações futuras".

Assunto importante e que requer mais diálogo e soluções a favor da saúde do Planeta!

*fotos divulgação (em e-mail pela internet - autor desconhecido)

por Joana Bicalho

Palavras-chave: Comunicação para a Sustentabilidade - Saco Plástico - meio ambiente - embalagem

domingo, 9 de agosto de 2009

Já não uso sacolas plásticas - E é muito fácil!

Que o plástico é maléfico à saúde do meio ambiente e do ser humano já não é mais questionável. Mas como modificar hábitos e posturas comodistas, em benefício de uma causa global? Mesmo porque às vezes nos julgamos muito pequenos para resolver um problema tão grande: a descartabilidade maior do que a capacidade da terra de produzir matéria-prima para novas produções.

Achei uma maneira de fazer "do limão uma limonada" na hora do consumo. Agora compro, descarrego e guardo os produtos mais rapidamente. Faço assim:




Escolho no supermercado aqueles carrinhos com dois andares:


Coloco sempre os horti-fruti no andar de cima do carrinho, para não amassar... os mais consistentes ao fundo...





Na hora de passar no caixa, as frutas e verduras, utilizo uma das sacolas de pano, lona... que comprei (ou ganhei), colocando os mais consistentes ao fundo da sacola.







Daí, os demais produtos, vão direto para outro carrinho (também de dois andares) do outro lado do caixa. O tempo de compra fica, assim, bastante reduzido, visto não precisar empacotar cada produto.



No carro, tenho umas caixas de plástico





E na cozinha, descarrego as compras rapidamente





A geladeira fica menos tempo aberta (não desperdiçando energia), pois os produtos arrumados sem as sacolas são escolhidos mais rapidamente.



Outro dica: Leve uma quantidade menor de produtos para casa... geralmente se joga fora aqueles que já "passaram do ponto". Assim, terá menos descarte... Sabia que se reduzirmos em 40% o nosso consumo, não temos nenhuma perda em qualidade de vida? Este é o percentual de desperdício.

E para quem utiliza sacolas de mercado como saco plástico para as lixeiras, deve-se observar que, no processo de produção, a sacola é bastante impactante (tinta, marca impressa, alças, plastico mais grosso...) diferentemente dos sacos tradicionais de lixo. (quem sabe passam a nos oferecer biodegradáveis de verdade, não feitos de plastico?!).





Quanto ao custo do rolo de sacos plásticos, o valor é mais baixo do que de um refrigentante. Experimente!


Joana Bicalho



Palavras-chave: consumo consciente - meio ambiente - sacolas plásticas

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Porque ainda não entregam ao cliente o que ele quer?

Algumas marcas percebem que marketing significa promover trocas saudáveis entre duas partes, equilibrando corretamento a qualidade do produto ao preço, à distribuição adequada e comunicando, promovendo a oportunidade ao cliente ou futuro cliente. Sabe-se, também, que se não for troca saudável, o cliente não volta...





Digitei no google a frase cartuchos, decomposição, meio ambiente. Quase caí de costas com tudo o que é sugerido lá, pelos clientes e usuários.. Ensinam, inclusive, aos consumidores, como baixar softwares piratas que permitem recarregar cartuchos de marcas que insistem em levar o consumidor a descartar embalagens que levarão de 500 a 1000 anos para se decompor... Se o consumidor sabe um caminho, porque a empresa não se antecipa entregando o produto desejado?





Me toquei e fui olhar na gaveta do escritório o meu "estoque de cartuchos sem destino"... .. esperando uma sugestão de destinação correta para reciclagem ou reuso.... (tenho muito pena de descartá-los)







É nestas horas que o consumidor fica sem solução... não quer apoiar pirataria... não quer jogar na natureza algo perfeitamente reciclável...

domingo, 7 de junho de 2009

Consumo Inconsciente

Consumo Inconsciente:
Quem de fato ganha com isso?



De uma forma crescente, a mídia vem divulgando dados relacionados às perdas muitas vezes irrecuperáveis no meio ambiente natural. A saúde física e mental das pessoas é ameaçada pela urbanização acelerada, pelo adensamento populacional dos grandes centros e pela grande desigualdade social.

O modelo de desenvolvimento que vivenciamos estimula o consumo inconsciente especialmente nas classes sociais de maior poder aquisitivo gerando imensas pressões sobre o meio ambiente. E esse consumismo insaciável de satisfação imediatista é a principal causa da degradação ambiental.

No final do último século, a conservação do meio ambiente passou a receber mais atenção e adquiriu maior importância, norteando empresas, comunidade e autoridades, graças a um aumento da consciência da sociedade acerca das conseqüências da degradação ambiental. Diversos foram os encontros nacionais e internacionais que são utilizados ainda hoje como importantes referências nos projetos, propostas de trabalho, programas e encontros que visam uma ampliação da consciência acerca da relação homem x meio ambiente.

A proposta do momento é o Desenvolvimento Sustentável, por meio do qual se atenderiam as necessidades do presente sem comprometer o direito das futuras gerações de atender suas próprias necessidades. E as empresas são atores representativos nesse processo. A retirada desgovernada de insumos da natureza sem considerar a capacidade de reposição e o descarte de restos indesejados - processos marcados pelo desperdício - pressionam os ecossistemas, de maneira tal, que trazem à reflexão a responsabilidade social e ambiental que as mesmas devem ter como compensação ao acúmulo de riquezas e ao poder que exercem. Poder exige responsabilidades que vão além de leis e regulamentos: trata-se de devolver, de forma justa, o excesso retirado, mantendo ao mesmo tempo uma conduta ética que concilie os objetivos da organização com os da sociedade.

Teoricamente, cada vez mais, imprensa, escola, organismos e instituições voltam-se para a construção do valor Meio Ambiente e Cidadania. É preciso, entretanto, avançar do discurso das conferências, colocando em prática as suas recomendações.

Imagem: divulgação internet em power-point - marketing viral

Palavras-Chave: Conscumo Consciente - Responsabilidade Social - Desenvolvimento Sustentável


Propaganda para o Desenvolvimento Sustentável












O consumo inconsciente e desenfreado é enfaticamente estimulado pela Publicidade e as embalagens ricas em sofisticação movimentam mais de 500 bilhões de dólares por ano no mundo. A criação de embalagens descartáveis, com designs que bem vendem o produto, mas comprometem a conservação do ambiente natural, é exemplo de atividade mercadológica que exige mudança.




De um lado os insumos naturais utilizados no processo de fabricação representam fortes danos ao meio ambiente. E os resíduos gerados na linha de produção, bem como o longo ciclo de vida da embalagem, de difícil degeneração, devolve para a natureza elementos comprometedores.

Os milhares de carrinhos de compras que atravessam, diariamente, os guichês do caixa do supermercado são abarrotados de lixo. Separando-se os conteúdos dos produtos de suas embalagens, percebe-se que as embalagens, representam significativo percentual no volume no total de cada carrinho.

Somente no estado de São Paulo, 20,5 mil toneladas de resíduos domiciliares são geradas diariamente sendo, grande parte, depositadas a céu aberto, em condições inadequadas. Todo esse volume gera ao estado uma despesa diária de R$ 1,3 milhão, “verba suficiente para construir uma escola por dia.” (Revista Época 2001).


O volume de produção de Publicidade e Propaganda impressa, em todo o mundo, é muito grande. A conscientização quanto à utilização de insumos ambientalmente corretos, ou mesmo de materiais reciclados nas linhas de criação e produção deve ser urgentemente incluída na pauta de todos os comunicólogos.



A área de Publicidade e Propaganda bem como a de Marketing podem vir a ser grandes contribuintes para o desenvolvimento sustentável. Necessário faz-se, porém, incluir a análise do custo ambiental no levantamento do custo X benefício de uma idéia criativa, bem como nos Planos de Comunicação e Marketing.

Caberá aos profissionais destas áreas propor a seus clientes alternativas de marketing social, ambiental ou de responsabilidade empresarial abraçando causas que contribuam com a sustentabilidade do planeta, ao mesmo tempo em que se cria valor de imagem à marca.


Imagem 1: rio coberto por embalagens descartadas

Imagem 2: foto da garrafa retornável da Coca-Cola. Falta ainda educar, por meio da propaganda, os consumidores.

Imagem 3: campanha da Nova Schin que iniciou, timidamente, campanha contra o plástico nas embalagens em 2007



Palavras-Chave: Publicidade, Propaganda e Desenvolvimento Sustentável

domingo, 31 de maio de 2009

Dica às grandes marcas: Invistam no Eco-Design nas embalagens e produtos

Mesmo com todos os estudos relacionados ao desejo do consumidor, as grandes corporações ainda não se adaptaram ao eco-design no que diz respeito às embalagens (ambientalmente corretas). Vou dar um exemplo: Não haveria necessidade de levar para casa (e jogar fora no mesmo dia) as embalagens de leite que, para sua confecção, destruiram montanhas, muitas árvores, impactaram enormemente na linha de produção (com produtos químicos e tóxicos) e que ficarão descartadas, com as marcas de quem as fabricou, em lixões a céu aberto por mais de 100 anos.

O consumidor quer apenas o leite, que poderia estar em embalagens de vidro (o produto ficaria inclusive mais bem exposto) como as da foto abaixo (do segmento sucos), e que poderiam ser retornáveis, oferecendo desconto mínimo ao consumidor para estimulá-lo à devolução.
Aliás consumidor, dê também preferência às polpas, até que a indústria de sucos possa te oferecer embalagens de menor impacto, visto que as Tetra Pak, apesar de recicláveis, não são de fato recicladas: não tem quem as recolha (não há estímulos financeiros aos catadores, nem mesmo as indústrias assumem esta coleta e destinação na logística reversa).
Outra coisa: Os sucos em polpa, impactam infinitamente menos ao meio ambiente porque não passam por processos químicos na sua produção.
Pesquisa realizada com 200 questionários em Brasília, no ano de 2008, junto a pessoas de ambos os sexos, acima de 20 anos mostra que 78% dos entrevistados sentem-se incomodados em descartar suas embalagens, por saber que não serão reusadas.
Uma boa estratégia de competitividade às marcas? Oferecer produtos que impactam menos ao meio ambiente, se diferenciando dos concorrentes, e alcançando valor agregado de imagem.

Marketing e Responsabilidade Socioambiental

Não adianta apenas fazer Propaganda... É necessário incluir a responsabilidade social no Marketing Empresarial
Há muita confusão no que diz respeito aos conceitos de marketing e de propaganda. Não existe "marketing enganoso", visto que, em sua essência, esse combina ferramentas (os 4Ps) para a realização de trocas que venham a satisfazer duas ou mais partes. Já a propaganda, que tem por conceito "despertar o desejo"; "implantar; incluir uma idéia; uma crença na mente alheia" muitas vezes, infelizmente, não entrega, de fato, a sua promessa.


É nesta linha de raciocínio, com a ampliação do conhecimento acerca das conseqüências da degradação ambiental, que mais um “P” – de Planeta sano – está sendo adicionado ao tradicional modelo de ferramentas do marketing (Ponto, Produto, Preço e Promoção). Essa tendência corresponde à mudança de postura das empresas, que passam a dar mais atenção a todo o processo de produção e assumem responsabilidade social e ambiental na comunidade em que estão inseridas.


Sabe-se que para implantar um trabalho eficaz de marketing, necessário se faz observar as atitudes, hábitos e vontade do consumidor, para o qual deve-se ajustar os produtos e serviços da empresa. Concorrência, qualidade dos fornecedores, forma de atuação dos vendedores e atendentes, imagem institucional e desejo dos clientes são elementos determinantes do sucesso ou do insucesso da empresa. Mas hoje, o consumidor possui variadas marcas de mesma oferta em sua mente, com idênticos apelos de venda, É aí que muitos profissionais de marketing já orientam, em seus planos e ações, produtos e serviços com linha de produção de menor impacto ambiental visto que, já em 2001, pesquisa do ISER/IBOPE demonstrava que 81% dos entrevistados se sentiam mais motivados quando, ao fazerem suas compras encontravam, no produto, rótulo informando ter o mesmo sido fabricado de maneira ambientalmente correta. Com a ampliação de ofertas no mercado, o cliente não é mais fiel a uma única marca, principalmente se ela não demonstra maior quantidade de valores que os já tradicionais. Assim, a responsabilidade ambiental chega na agenda dos profissionais de marketing representando, para as empresas, elemento desempatador na hora da compra.

Palavras chave: Responsabilidade Social - Desenvolvimento Sustentável - Marketing